Luis
Philippe de Orleans e Bragança (cientista político e descendente direto da
família imperial brasileira) define 5 possíveis formas de organização do poder
em nossas sociedades. O absolutismo (ou ditadura), a oligarquia, a república, a
democracia e a anarquia. Defende também que a democracia não é um sistema
perfeito, pois implica na concentração de poder, mesmo que na mão da maioria.
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/08/ |
Para
entender melhor essa ideia, podemos usar como exemplo a constituição dos
Estados Unidos (1787). Nela, o termo democracia não aparece. Isso se dá pelo
entendimento de seus redatores de que: (1) todo acúmulo de poder leva a
excessos; (2) mesmo a maioria comete erros e abusos, pois é composta de seres
humanos.
Para
exemplificar um possível erro da democracia, construamos um cenário fictício.
Imaginemos que, em nosso país, um ex-presidente aclamado pela população passe a
ser acusado por crimes de corrupção (qualquer semelhança com a realidade é mera
coincidência). Para se defender, ele passa a usar o jargão: deixemos que a
população me julgue em 2018 (ele pretende se recandidatar). Em nosso cenário,
admitamos que esse presidente realmente é corrupto. Admitamos, também, que o
julgamento popular acaba errando e ele é eleito, ficando livre de sua punição.
Isso aconteceu pois foi dada à população um poder (julgar) com o qual não
possui aptidão.
Esse
é só um exemplo de como conferir poder demais à democracia pode ser ruim. Sob a
bandeira democrática se pode cometer assassinatos e escravização.
Democraticamente, Luis XVI e Maria Antonieta foram cruelmente assassinados e o
nazismo chegou ao poder.
A
democracia é o melhor sistema de votação que conhecemos, portanto, deve ser
protegida. Mesmo assim, como sistema de governo, precisa possuir um freio, para
que não haja uma ditadura da maioria. Esse freio devem ser leis que assegurem
aos seres humanos seus direitos naturais, como a liberdade. A verdadeira
república é o sistema no qual não existe acúmulo de poder. É essa a sociedade
que devemos buscar.
Filipe Tiago, 2º Etim Administração
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